O CHIQUEIRO

segunda-feira, dezembro 31, 2007

Gato Fedorento

Daqui a 10m vou-me "fazer" à saída do ano de 2007. Mas antes de sair, não posso guardar só para mim a alegria que tenho em saber que hoje é o ultimo dia em que os "Gato Ferdorento" se prestam a esta iniciativa de massas. Sim, estou com inveja e asco ao mesmo tempo. Inveja porque não queria que tivessem caído na "moda" e asco porque me passo com o aproveitamento que fazem deles. São as luzes da ribalta que os iluminam e mais alguns que tentam ser iluminados pelas mesmas luzes.
Desde os primórdios que vejo o gato fedorento, desde a SIC Radical, onde sem quaisquer meios e para uma imensa minoria, eles demonstraram uma nova forma, inteligente, de fazer humor em Portugal. Continuam a ser inteligentes mas com uma tremenda máquina propagandistica atrás deles, onde coabitam com os/as apresentadoras mais parvas que já vi na televisão. Só dizem barbaridades e dão gargalhadas forçadas porque acharam que disseram qualquer coisa inteligente. Os gato fedorento têm o direito, e merecem por mérito próprio, estar no lugar que ocupam. Como em tudo nesta vida, uns aproveitam-se da fama de outros. Há sketches duma tremenda inteligência e outros "prontos a comer", que são os que a maioria gosta.
Não gosto deste formato de "espécie" onde as pessoas são obrigadas a rir só porque a camara de televisão os pode estar a filmar e, fica sempre bem. Desejo aos gatinhos as melhores felicidades e que voltem em princípios de 2009 com o formato que os deu a conhecer a alguns Portugueses.
Feliz 2008!

terça-feira, dezembro 25, 2007

Os Novos Escravos

Temos visto, com menos frequência, nas televisões, denuncias de gente necessitada de trabalhar e que se aventurou por essa europa fora à procura de um lugar na construção civil, de que foi enganada. Muita dessa gente, era, digo, era, essencialmente originária das terras interiores do nosso país, por onde aparece gente sem escrúpulos prometendo trabalho bem remunerado para serviço de trolha.
As reportagens diversas vezes apareceram nas tv's denunciando a completa falta de condições, fome, o não pagamento do ordenado, uma autentica escravatura que é praticada e sem terem quem os ajudasse a fazer justiça contra essa tropilha.
Agora, dá-me a sensação que essas gentes do interior já não vão na canção do bandido e então esses abutres voltaram-se para as cidades à procura de mão de obra oferecendo uma boa remuneração.
Alguém que conhece alguém, que por sua vez conhece alguém, e por aí fora, oferece trabalho muito bem remunerado na construção civil. Não é necessário alguma vez ter contactado com essa dura realidade, ter sido empregado de escritório, empregado de mesa ou outro qualquer, serve. Chegados lá, espera-os um duríssimo trabalho, ao qual não estavam habituados e ao fim de 2 dias já não se aguentam as terriveis dores nas costas, nos braços e nas pernas, a subir e a descer andaimes, que vão aumentando de altura, (placas elevatórias não são para todos), com o "lombo" carregado de chapas de 10 m de comprimento.
Todos os dias chega gente e todos os dias vai gente embora, principalmente aqueles que foram prevenidos monetáriamente para fazerem a viagem de regresso, caso alguma coisa corresse mal.
Voltam sem trabalho e sem dinheiro e esses empreiteiros tiveram direito a 2 dias de mão de obra gratuíta, ou seja, escrava. Só que agora, que se viraram para as cidades onde eventualmente haverá gente mais elucidada, o tiro lhes saia pela culatra e os metam em tribunal.