O CHIQUEIRO

sexta-feira, novembro 28, 2003

E como "antes-antes-antes de ontem" foi 2ª feira... cá está ela, a crónica desportiva.

Talvez tenha vindo um pouco atrasada. Aproveito para agradecer a todos o facto de terem pressionado tanto pelo facto de a crónica não ter vindo com a pontualidade de sempre. Imagino agora o que Tolstoi também poderá ter sentido ao escrever Guerra e Paz. Esta é uma crónica livre, não tem datas nem prazos, depende da inspiração artística.

Não sei porquê, hoje senti-me inspirado, não sei, é um fenómeno engraçado, não me ocorria nada para escrever, e de repente decidi fazer uma edição temática.

É que o atraso tem destas coisas, e se no fds pouco se passou em termos desportivos (apenas uma jornada normal da taça em que os quatro grande candidatos ganharam de forma natural) a semana trouxe algo de que se possa falar e até escrever, temos assim uma crónica com Edição Especial - UEFAAAAAAhhhhh

Pois, nesta fase já há gente a fechar o "browser", sim é que esta crónica está a ser escrita às 22:43 de 5ª Feira, ou melhor ao minuto 86 do jogo do Sporting, a outra equipa portuguesa na Taça Uefa. Mas, para ser franco, acho que não vou comentar este jogo. Como é que a crónica, que é acima de tudo um exemplo de isenção, rigor e ética cronista, se pode referir a um jogo se o cronista não faz ideia do nome de uma das equipas? Não dá, não posso, não é correcto, não o vou fazer, fiquem descansados.
Ahh, afinal posso (minuto 89).

E foi desta! o GOTEAOEVQGDDCDLNSC (acho que é este o nome da equipa que está a ganhar) acabou de vez com o estado de graça do nosso muito digno representante na UEFA. (Minuto 90 e parece que se vêem lenços brancos, não sei o que significa mas dá um belo efeito num estádio tão bonito, podiam fazer isto todos os jogos. As assobiadelas também ajudam a revelar a fantástica acústica do estádio).
É uma pena. Temos que estar todos tristes, é que o GOTEAOEVQGDDCDLNSC, é lá daquele país que anda a combater connosco na dura batalha dos pontos UEFA.
E isto até estava a correr bem (fim do jogo. Reflicto e apercebo-me...triste. Sinto-me triste, Portugal perde mais uma equipa na prova), já que o nosso querido representante nesta prova, que agora terá certamente o carinho de todo um país nesta batalha da reconquista da taça, voltou a puxar dos galões e teve que mostrar classe, alegria de jogar, amor à camisola e profissionalismo extremo para vencer na Noruega, e isto tem que ser dito. Esta crónica para além de justa é sempre incisiva: quem joga desta maneira merece ganhar, não um jogo, mas a Taça UEFA. Ainda por cima contra os GÉLIDOS nórdicos! (Claro que estão todos à espera que esta palavra - GÉLIDO - sirva para fazer uma dissertação justa sobre o estádio do Dragão (ou será o de Leipzig? Ahh, que interessa, é tudo igual), mas não o vou fazer, e se não o faço é pelo respeito que todas as pessoas que estiveram presentes na inauguração e consequentemente ficaram 3 dias de cama em estado febril me merecem.

Visto isto... vamos aos livros. Não! Vamos antes falar da selecção. O clima mudou, tudo é primavera, e já ninguém assobia a selecção. E ainda bem, diz o cronista. Mas há que dar o mérito e o agradecimento sentido, a quem conseguiu este feito. E temos que ser justos e gratos, o autor desta proeza não foi a selecção nem o Koweit, foi a cidade de Aveiro. Com a sua atitude, garantidamente pensada, mesmo orquestrada, assobiando a selecção aos 5 minutos de jogo, fez ver ao país que nossa selecção não deve ser apupada, mas sempre aplaudida e idolatrada. E quem se iria lembrar desta fantástica forma pedagógica, uma psicologia invertida, uma lição dada a todo o país futebolístico. Eu, e sei que todos se juntarão, Aplaudo de pé essa cidade, que com assobios conseguiu convencer o país a aplaudir.

A crónica já vai longa, despeço-me com os destaques do dia, para o Glorioso Benfica (pela sua carreira internacional que leva bem alto o bom nome de Portugal no mundo), e para o GregoOuTurcoÉAOutraEquipaVermelhaQueGostaDeDarCaboDosLagartosNaSuaCasa pela vitória em Alvalade.

E como faltam 49 Horas e 37 minutos (no momento em que elaboro esta crónica) para o início do Sorteio tenho que iniciar o estágio e o período de necessária concentração, para que o Sorteio corra de feição, esperando que todos os Portugueses se preparem e concentrem para o Sorteio das nossas vidas.

Até Segunda

Gun (quase sempre pontual, mas sempre! sempre! isento) Lopes

quarta-feira, novembro 26, 2003

Taça América

Portugal perdeu uma boa oportunidade de organizar a «Taça América».
Não sei se a perdeu devido ao Rei de Espanha ter estado envolvido ou se a perdeu devido aos problemas da «Docapesca».
Se os Suíços voltarem a ganhar, podemos concorrer novamente para 2011.

Perdeu a oportunidade de entrarem uns largos milhões de Euros?
Perdeu.
As pessoas que viriam acompanhar a regata seriam de um «Status» elevado e com muito dinheiro?
Sem dúvidas.

Há quem diga que era preferível ter organizado a «Taça América» em detrimento do Euro 2004 porque traria maior entrada de divisas do que este. O Euro traz muita gente de pé descalço.

Mas interrogo-me? Onde iam ficar as divisas da «Regata»?
Resposta óbvia: Em Lisboa e arredores.

E o Euro? Onde vão ficar as divisas?
Espalhadas pelo país e beneficiando os pequenos negócios de comércio e de serviços.

Serviço Público de Televisão

Passou esta «mensagem» em rodapé durante o jogo F.C.Porto - Partizan Belgrado.

«Simone tem paralisia cerebral. Sente-se isolada da sociedade mas a sua alegria de viver continua inabalável. No ano das pessoas com deficiência, a RTP apresenta o documentário outros sonhos "No fio dos Limites".
Às 02.00h - RTP - Serviço público de televisão.»


Sem comentários

sexta-feira, novembro 21, 2003

Inaugurações

«Não há dúvidas que é de uma imensa falta de originalidade o espectáculo de inauguração do novo estádio do F.C.P. ter sido feito pelo Luís de Matos.
É que em jogos do Porto, tipos todos vestidos de preto, cheios de truques, e que antes da partida começar já sabem o resultado final, já são habituais!!»

(Autor desconhecido, circulou ontem pela net)


Sem as caganças de muitos, nomeadamente as dos cavalos-marinhos e sem o despudorado, esmagador e esmagante acompanhamento da RTP, assistimos 4ª feira a um belo e triplo espectáculo a partir de Leiria;
-Um jogo da Selecção Nacional, interessante e com um resultado histórico.
-A inédita e simpática oferta do Pauleta ao Presidente da Assembleia da Republica - a sua camisola do jogo.
-A um lindo espectáculo de som e luz, sem quebras de ritmo e pirosísmos primários e desnecessários.

Parabéns Leiria


A verdadeira Magia
Veja o Sr. Pinto da Costa
Que a verdadeira Magia
É mesmo sem Luís de Matos
A prova esteve em Leiria

quarta-feira, novembro 19, 2003

A Nossa Selecção

A quem é que Rui Costa se estaria a referir quando disse:
«...aqueles gajos...»???
Seria àqueles rapazolas que deixaram o balneário destruido
depois da brilhante vitoria sobre a França?
Ou estaria a referir-se a um bando de arruaceiros e de
meninos mal comportados?

Idiot Son of an Asshole

Aqui vão uns links interessantes
(Podem fazer download na página principal)

Idiot Son of an Asshole
Victory
War Crimes
Terror, Democracy and Liberation
POISONOUS LEGACY
A Lie Of Peace
DUST BIN AMERICA
Top Gun?
Buddy
GTA
Church and State
Tony Blair's "Values"
Liberation


Confusão Poética

Vi um cavalo-marinho

A quem chamavam dragão

Será cavalo-mourinho?

Mas que grande confusão

segunda-feira, novembro 17, 2003

E como hoje é 2ª Feira…

Vamos a mais uma crónica deste Fds desportivo, e vou tentar segurar-me e ficar apenas pela parte desportiva...

E que Fds, totalmente centrado na tão esperada inauguração do estádio do nosso orgulho, do mais fantástico, original e entusiasmante estádio Europeu, situado na cidade que aperta todos os nossos corações - AVEIRO. E o EMA é de facto o melhor e mais fantástico de todos os palcos, quem não se sentiu pequeno ao fazer aquela caminhada repleta de anónimos Aveirenses que orgulhosamente se aproximavam em passos apressados, olhando para todos os lados para não esquecer de ver e reparar em qualquer pormenor. E a verdade é esta, a cidade precisa destes eventos que juntem todas as pessoas de todas as idades e feitios, e isso, feliz ou infelizmente, é o futebol que consegue.

Quanto ao estádio, o que se esperava dele, bonito, alegre e bem-disposto, o sorriso que nos recebe no regresso a casa. Arejado, porque arejada deve ser a vida, e acima de tudo arrebatador. Destaque para a beleza dos ecrãs GIGANTES, verdadeiramente gigantes cumprindo a sua função com primor, permitindo ver o que interessa, sem se transformarem eles próprios no espectáculo e retirando a atenção do espectador para o relvado. A minha palavra simpática para quem escolheu esses ecrãs - tem o meu apoio.

Quanto ao jogo propriamente dito, não foi mau. Portugal não jogou mal, criou até muitas, mas mesmo muitas ocasiões de golo, que por erros ou azar não foram concretizadas, mas há nesta selecção muito potencial, vê-se pela forma como joga e se entrega ao jogo, e podem não concordar, mas não ando neste mundo das crónicas desportivas para agradar a todos, e afirmo para quem quiser ouvir: «EU ACREDITO NA MINHA SELECÇÃO, NOS MEUS JOGADORES E NO MEU SELECCIONADOR!!!».
Já agora, sim porque a sinceridade e a isenção estão sempre presentes nestas crónicas, tenho que admitir que ainda não estou preparado a 100% para o EURO. Já tinha reparado, mas neste jogo pude confirmar. Ao entoar o hino nacional, esse momento mágico em que os 30.000 transmitem toda a sua força e energia aos 10+1 lusitanos que estão em campo, voltei a reparar que na apoteótica fase final do hino, naquela parte do «ÀS ARMAS, ÀS ARMAS, PELA PÁT...» precisamente nessa parte da pátria, e... isto custa, mas eu vou admitir perante o mundo..., eu desafino. Pronto já disse, eu desafino a cantar o hino. E sei que pode ser por isso que a selecção não joga tão bem quanto sabe, e daí os badalados assobios. Se eu que estou lá para dar força e desafino no hino, como posso esperar que a selecção contribua?!?!?!
Mas vou melhorar, vou começar a prestar mais atenção a todas as galas da Operação Triunfo, e quando chegar o Euro, estarei pronto, porque Portugal precisa que eu faça a minha parte prometo que me vou esforçar verdadeiramente para que tudo corra bem.

E nisto preparo-me eu para cumprir com o dever patriótico de ver a Operação Triunfo. Sento-me desde sábado à frente da Televisão à espera que comece, e espero...
Parece que há uma festa muito grande só porque tiraram um lençol de cima de um Cavalo-marinho que chamam de Dragão. Que raio de nome foram arranjar para um cavalo-marinho, não lhes gabo o gosto.

Mas a festa continua, noite e dia, e dura o Domingo todo, e aparece lá o Jorge Gabriel, e a Ana Malhoa, e meninas que vêm do tecto, e joga-se às Cartas. Jogos de cartas na TV? Está tudo doido? E a praça da Alegria de 2ª a 6ªfeira não chega? A verdade, e o comentador isento não pode deixar de o referir, o estádio até é bonito. É, quem gosta daquele estilo, é, não se pode dizer que seja feio, mas aquela emissão da RTP foi uma vergonha. Na véspera tinha inaugurado outro palco do Euro, onde esteve a RTP? Ninguém viu à porta do Estádio de Aveiro a Merche. Na 4ª feira há outra inauguração, ele vão iniciar a emissão na 3ª? E quando inaugurou a Catedral (só de escrever esta palavra já fico arrepiado de emoção) e onde esteve a emissão 24 horas sem parar? A RTP é um canal público, tem que ter um comportamento isento. O que seria feito de nós se a RTP tivesse um comportamento igual nas campanhas políticas. E vou mais longe, a RTP não transmitiu a Gala da Operação Triunfo, não permitindo que eu resolvesse os problemas de afinação ao entoar o hino, a RTP com a sua postura reles está a prejudicar o Euro e a Selecção Nacional. Não Assobiem o Scolari, assobiem a RTP!

Quanto ao jogo, e houve mesmo jogo o que é sinal que a relva assim o permitiu, parece que 7 pessoas conseguiram ficar acordadas até ao fim, como não fui uma delas não posso comentar, apenas registo que sendo o estádio novo, os costumes velhos perduram. Foi bonito ver a retribuição do Martins do Santos ao clube que tanto lhe deu, foi bonito e justo, os favores são para se retribuir, e ninguém o pode acusar de ingratidão.

Para a semana há olá novamente e as crónicas de fds serão mais ao estilo habitual, com a isenção de sempre.

Boa semana

Gun (o sempre isento comentador mas nem sempre afinado) Lopes

O Circo

Acabei de assistir há instantes a um grande espectáculo de circo na RTP1-ocorrido num belíssimo estádio- proporcionado pelos comentadores, o que não é de agora. Brindaram-nos com um grande espectáculo circense em que não se sabe quem mais aplaudir, se o Luís de Matos e as suas cartas, se os comentadores mais as suas baboseiras, acerca do resultado adivinhado, anunciado «ad nauseum».

Como se todos os espectadores fossem criancinhas que ainda acreditam no lobo mau. Haja mais respeito pelo público!
Mais importante que o jogo é saber se Luís de Matos acertou no resultado, citaram mesmo no final.
Como é possível dizer tantas asneiras induzindo os espectadores em erro, utilizando uma linguagem infantilóide e lugares comuns até dizer basta.

Então não é que Pinto da Costa olhando para o monitor instalado superiormente no seu camarote, estava, no dizer do comentador, a admirar a cobertura (supõe-se que ainda não tinha tido oportunidade de o fazer!!!).
Quando Derlei, após a marcação da grande penalidade, leva um encontrão de um adversário, caindo, o comentador, a propósito do estado da relva, afirma que ele escorregou.

Dezenas como estas podem ser citadas em todos os jogos.

Para a história fica o resultado.


P.S. Volta, Gabriel Alves, estás perdoado.

sexta-feira, novembro 14, 2003

Caloteiros Impunes

Assunto esquecido, voltou ontem, felizmente à «Visão» (Pág. 64, infelizmente a notícia não está online). Então não é que só o ex-deputado António Coimbra (vulgo «batman») foi condenado? E poucos outros (por vergonha, para não perderem os tachos?...) decidiram (ou foram obrigados?) a reembolsar a Assembleia da Republica das viagens fantasma? É salutar e democrático que se saiba e se divulgue quem são os relapsos, que se locupletaram à nossa custa e que continuaram a fazer pela vidinha, oxalá que não à minha custa.
E já agora: não há responsáveis pela prescrição? E esses, não são responsabilizados? É assim que os eleitos pelo povo e os nomeados pelos eleitos pelo povo defendem a democracia? Não é por estas e por outras que as democracias apodrecem, que as populações descrêem dos políticos, que a A.R. tem a imagem que tem? Haja um pingo de vergonha, meus senhores! Como pagador de impostos, que sou, sinto-me assaltado por tal cambada, e não tenho a quem apresentar queixa. Razão tinha o outro; « há governo? SOU CONTRA!» É a total descrença nas instituições. Depois queixem-se....


Para se inteirarem do assunto podem ir à TSF Online ( 1, 2)

quinta-feira, novembro 13, 2003

Novamente o Estado da Nação

Voltando ao «comentário» de José Vitor Malheiros, no Público de 11 do corrente:
O seu conteúdo é estarrecedor! Como é possível que num hospital público da capital de um país da U.E. ocorra o que ali é descrito? É com processos como o descrito (e que o autor refere) que se mascaram as estatísticas (das listas de espera e outras)? Quem se pretende enganar, se cada um de nós tem exemplos a citar, nesta e em outras áreas? O Eurostat? Mas este não lê jornais portugueses, ou confia, acriticamente, nos números que lhe são fornecidos?
Estou certo que o autor do texto já obteve das entidades responsáveis um pedido de desculpas e explicações para o sucedido, com a insofismável responsabilização dos responsáveis.
No entanto, também o público em geral precisa de saber o que aconteceu no caso em apreço, já que a «notícia» foi pública e publicada. Eu quero saber o quê e porque aconteceu o descrito. Dois dias decorridos e nada li, não vi, nem ouvi.... «No pasa nada»?

Já agora: se há legislação proibindo a retenção de cartões de identificação a qualquer título, porque razão são os próprios serviços públicos (v.g. hospitais) a não cumprirem tal legislação, não permitindo a visita a doentes sem que fique retido o B.I. ou outro cartão de identificação? A lei não previa a situação e não há outro modo de controlar as visitas? Há, e a questão é de fácil solução. Puxem pela cabecinha! Ou isso consome demasiado os neurónios? Admitindo que não, alterem a lei.
Assim, batatas...... O Eça é que teve razão: é tudo choldra.

A Grande Cagada

Em Nassíria, local para onde se iria dirigir a equipa da GNR, ocorreu um sangrento ataque terrorista. Poder-se-á considerar terrorista? Ou cada um defende-se com as armas que tem?(Quem não tem cão, caça com gato).
Tanto mais que o objectivo era exclusivamente militar.
A morte de civis, que se lamenta, são danos colaterais, de acordo com a habitual linguagem militar americana (vide os bombardeamentos de festas de casamento ocorridos no Iraque e no Afeganistão).

Nos tempos da guerra fria, os EUA ajudaram os Taliban a derrubar o regime pró-soviético instalado no Afeganistão. De igual modo foram eles que colocaram o Sunita Saddam Hussein no poder e que o apoiaram na guerra Iraque-Irão, pertencendo este último, segundo os EUA, ao eixo do mal. Parece que se preparam agora para entregar o poder à maioria Xiita, aliada do Irão, para que estes dizimem os Sunitas.

Está-se mesmo a ver o que vai acontecer: vão ficar ali dois eixos do mal.

No entanto, segundo alguns entendidos, os Americanos estão a preparar uma retirada «gloriosa» entregando a batata quente à ONU, para que esta as retire do braseiro.
Depois a ONU, vai ficar com o ónus de apelar à comunidade internacional, para o envio de GNR, PSP e FA por esse mundo fora, para limparem a grande cagada que os Estados Unidos fizeram contra a opinião e os avisos da grande maioria dos países mundiais.

Há um senão: Quem vai ficar com o petróleo? Não creio que os neo-conservadores ligados ao negócio queiram ficar de mãos a abanar.

terça-feira, novembro 11, 2003

A Entrevista e o Estado da Nação

A entrevista efectuada ao secretário geral do Partido Socialista pela jornalista Judite de Sousa foi simplesmente vergonhosa. Mais de metade do tempo foi gasto a «palrar» sobre a Casa Pia e os problemas que envolveram o Dr. Ferro Rodrigues.
Quando chegamos ao verdadeiros problemas que afectam o país, a entrevista acabou.
Ficou apenas no ar, sem aprofundamento, a história do TGV, da incapacidade da máquina fiscal em cobrar os impostos a quem os realmente deve, da política desastrosa do Dr. Bagão Félix e por fim o triste «Comentário» publicado no Jornal « Publico» de José Vitor Malheiros.

Seria de esperar mais, por parte de uma jornalista como Judite de Sousa, que conduziu «tabloidicamente» a entrevista. O país precisa de saber mais do que realmente interessa e não «faits divers». Era de indagar do secretário geral do P.S. que políticas alternativas preconiza para a saúde, educação, cultura, economia, justiça, segurança social, etc..., etc....

Porque é que o Sr. Ministro Bagão Félix só se preocupa com os desgraçados das falsas baixas médicas (onde está a responsabilidade dos médicos) de falsos beneficiários do rendimento mínimo e não se preocupa com coisas mais importantes como os falsos recibos verdes, as não entregas à segurança social das quotizações devidas, etc...

Porque é que a Sr. Ministra Manuela Ferreira Leite não explica não ter conseguido o nível de impostos previsto, nomeadamente o PEC o IVA o IPS e outros. A desaceleração da economia explica tudo?

Mas o povo será assim tão parvo?
Dos 65 mil Benfiquistas que estavam no estádio da luz nenhum votou no Dr. Barroso? Ou já estarão arrependidos?

segunda-feira, novembro 10, 2003

E porque hoje é segunda-feira...

Mais um fim-de-semana futebolístico.

E este fds futebolístico tem algo de bom, passou-se tudo no domingo, o que quase nos traz aquele sentimento nostálgico de ir ao estádio com o rádiozinho no bolso para ir sabendo como vai a marcha do marcador nos outros jogos, e perguntando ao vizinho quem marcou o golo, se foi o Rui Águas ou o Magnusson. Adiante que a nostalgia não passa disso e os tempos são outros, chegar a casa e verificar que no Domingo às 16 só foram jogados dois jogos...

Mas foi em grande. O Beira-Mar, vindo de uma jornada de glória e após uma semana de entrevistas nos jornais e muito protagonismo, recebe o Guimarães. Dando uma vista de olhos no 11 do Inácio, é só gente conhecida, só internacionais Portugueses e jogadores de renome, bolas, constatam todos, o Guimarães tem mais internacionais no activo que o Sporting, este jogo é tão complicado como ir a Alvalade. Mas ficou claro que nada é por acaso, os amarelos estão lá em cima porque têm equipa e porque jogam à bola.
Chega a ser injusto para o adversário, quem tem na sua equipa o mago Petrolina só devia poder jogar com 9 jogadores. A forma como ele do nada cria uma jogada de golo é incrível, e todos sabemos que se ele jogasse no Real Madrid ou num dos chamados grandes, aqueles que têm direito a todos os destaques televisivos, passávamos a semana deliciados a ver as repetições das suas jogadas magistrais na televisão. Assim, apenas os 14 mil que frequentam o estádio têm essa possibilidade, e ficam contentes por isso, porque se a televisão levasse jogos do Beira a Espanha ou à Capital, levavam também o Juninho para longe do seu local.
Quanto ao jogo, equipa com personalidade só não vence porque o jogo não terminou 20 segundos mais cedo, mas toda a gente saiu com orgulho, o Beira não tem os 5 internacionais, mas tem o seu muito galáctico.

Quanto ao resto, em Alverca durante a tarde, as cheias, à noite a enxurrada de futebol imponente e avassalador. Nada a dizer quando se joga de forma tão dominadora e de forma que quase atinge a perfeição. Este isento comentador não pode deixar de se espantar por esta equipa não estar bem lá no topo, no lugar que lhe pertence.

E o fds domingueiro continua em grande. Num jogo jogado em Braga (a ideia era clara, o Moreirense não podia jogar em casa, ainda ganhava o jogo ) não se viu o tal campeão, aquele clube do top dos clubes europeus e com o protótipo de treinador moderno. Mas viu-se muito...
Viu-se a 5 minutos do final um jogador de verde ser claramente derrubado por o fantástico central, mas todos vimos e percebemos que o juiz também viu e não quis marcar. A verdade é que a derrota para o Porto era injusta, e este comentador sempre isento não pode deixar de o dizer com frontalidade, o Porto não merecia perder. Também é verdade que o super-defesa não queria fazer falta, e só a fez porque escorregou, mas fez. E um árbitro, que desempenha o papel de juiz, não se pode transformar num justiceiro, fazendo justiça pelas próprias mãos e condenando o inocente moreirense.

Já chega, isto já vai longo, e para a semana temos a inauguração do mais bem-disposto e fantástico estádio - O Estádio Municipal de Aveiro.

Boa semana, e até à próxima 2ª feira.


Gun (o pertinente comentador desportivo, sempre, mas sempre isento) Lopes

domingo, novembro 09, 2003

Cu cu ruuuuupto

José Eduardo dos Santos, Zé Santo para os amigos, garantiu que vai combater a corrupção e o comportamento negativo de alguns dirigentes.
A fazer fé nas suas palavras, a primeira vitima desse combate, vai ser ele.

quinta-feira, novembro 06, 2003

A casa quê???!!!

Recebi um destes dias um email cujo conteúdo não posso afirmar existir.
Passo a transcrever.

Do Arquivo nacional da Torre do Tombo

SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO

(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5.º, maço 7)


«Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois
anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos
rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e
mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo
não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e
tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs
teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito
filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas
escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada
Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos.
Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo
feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta
e três mulheres».

«El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos
dezassete dias do mês de Março de 1487 e guardar no Real Arquivo da Torre
do Tombo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo».

segunda-feira, novembro 03, 2003

Alameda das Antas

Li hoje no jornal «O Jogo» umas declarações do Presidente do Futebol Clube do Porto, a propósito da inauguração da Alameda das Antas, feita pelo Presidente da Câmara, e para a qual não foi convidado (palavras dele), o seguinte:

- « A única coisa que me chocou foi ver um carro topo de gama, de superqualidade, no local, o que me parece uma ofensa aos tempos difíceis que o povo da cidade do Porto está a passar. É uma ostentação desnecessária, que fere as gentes que sobrevivem com grandes dificuldades nos bairros sociais da cidade.»

Falta dizer aqui que ele observou o dito carro através de um canal televisivo.

Apraz-me dizer que, eventualmente, o carro foi adquirido com o mesmo metal com que foram construídos os acessos ao Estádio. Esse mesmo metal também foi aplicado em cerca de 17% nos custos do dito cujo (acho muito bem).

Dado que o preço dos bilhetes para a inauguração do Estádio do Dragão são de queimar os dedos, consta-se que o F.C.P. vai disponibilizar 5.000 rectângulos para as mesmas gentes necessitadas dos bairros sociais, numa operação natalícia nunca vista por terras de D. Afonso Henriques, esse Grande Rei, que manteve afastados os mouros da Grande Cidade Nortenha.

A talhe de foice, consta-se nos mentideros que o ordenado que o Sr. Presidente aufere no clube não lhe permite ter um carro «XPTO», pelo que, e para fazer lembrar aquele Libertador, vai fazer uma entrada triunfal na inauguração do grandioso complexo desportivo, montado num belo e nobre macho ecológico, pois funciona a «gaso-palha».
(tem um senão, as ventosidades do animal são pouco odorosas)

E como hoje é 2ª feira...

...vamos ao sempre isento comentário futebolístico do fim de semana.

Este fim-de-semana futebolístico fez história. Caíram dois mitos de uma vez só. Em todo o lado, o fim-de-semana começa no sábado, situação que todos sabemos e aceitamos, assim qualquer acontecimento futebolístico acontecido na sexta-feira (e parece que aconteceu mesmo muito pouco) não tem espaço nestas linhas.

Mas no sábado cai o primeiro mito, o Alvalade XXI. Com um nome tão moderno e na semana em que um estádio estreava o matrix, um filme futurista, voltaram os fantasmas do passado. Com o cheiro das castanhas no ar e o natal à porta, o Sporting jogou suficientemente mal para ficar contente com um empate. Se aquele já era o estádio talismã de todos os sucessos e vitórias, onde a acústica era fantástica e intimidava todos os adversários, onde era impossível perder pontos, foi possível jogar tão mal que uma «equipeca» qualquer, com ou sem acústica, chegou, jogou e foi embora com um «ponteco» a saber a pouco.

E no domingo, tudo ruiu. A catedral, sem dúvida o mais imponente estádio da península ibérica e um dos melhores palcos do mundo, que prometia transformar-se num inferno para todos, afinal apenas pressiona a equipa da casa. Nada que não se esperasse. Já todos sabíamos que neste jogo não havia favoritos, que se defrontavam duas das equipas que melhor jogam futebol em Portugal (juntamente com o campeão). Todos reconhecemos na equipa de amarelo a genialidade de certos elementos, quem não fica maravilhado em ver a forma como esse mago camisola 10 (Juninho Petrolina) trata a bola? Aquele que é unanimemente considerado o melhor médio ofensivo a jogar em Portugal que não agride árbitros à chuteirada voltou a marcar a sua presença, e fez a sua equipa jogar. A verdade é que em Aveiro há uma equipa, há um 2º classificado, há um camisola 10 e há o estádio (esse sim que até ver é inviolável).

Os adeptos do Benfica assobiaram a equipa, mas esquecem-se que defrontaram o mais difícil adversário que esta época vão defrontar, e com aquela equipa de muito talento certamente que a catedral se vai tornar no que nunca chegou a ser, o Inferno para os adversários. E tudo leva a crer que a partir da 5ª feira deixará de ser aquele local bonito onde as pessoas se juntam aos milhares para ver uma águia voar em direcção de um naco de carne, e se vai transformar no verdadeiro inferno sufocante.

Boa semana

Gun (sempre isento comentador desportivo) Lopes


domingo, novembro 02, 2003

Um verdadeiro balde de....História

Debruço-me principalmente sobre o Benfica.
Após umas eleições muito !!!concorridas!!!, o vencedor foi eleito com mais de 90% dos votos. Votaram 12.751 sócios, num universo de mais de 140.000 associados(segundo o próprio Benfica)... Convenhamos que é muito pouco!!!

Para a história, fica a vitória dos 90%, seguida da primeira derrota, no primeiro jogo oficial do novo e belíssimo estádio da Luz.

Muitos parabéns ao Sr. Camacho(o menos culpado desta bagunça), aos Srs. Dirigentes e especialmente aos belíssimos jogadores da equipa.
O Sr. Camacho que se ponha a toques, porque, com tamanho gabarito dos seus jogadores se arrisca a vê-los vendidos na época Natalícia que se avizinha.


Os comentários ao restante Fim-de-Semana desportivo ficam a cargo do meu amigo Gun (o comentador) Lopes.